Apple pode lançar anel inteligente para uso com headset ARDecepções do ano | Os lançamentos recauchutados da Apple
Quando foi anunciado, o iPad 10 gerou certa polêmica por suportar apenas a Apple Pencil de primeira geração, com destaque para o desencontro da porta USB-C do tablet com a Lightning da caneta, que exige o uso de adaptador. Discutiu-se muito se a Apple não poderia ter colocado o sistema de carregamento sem fio da segunda geração da stylus — como resposta, a fabricante sugeriu que o reposicionamento da câmera frontal foi o motivo pelo qual a recarga wireless não foi adicionada. De fato, a lente frontal ocupa a área tradicionalmente utilizada pela marca para inserir a tecnologia de carregamento. No entanto, como destaca o iFixit, a companhia poderia ter deslocado a bobina um pouco para o lado, possibilitando que houvesse o suporte à Pencil mais nova. Assim sendo, podemos especular que a real motivação da Apple tenha sido manter o design padronizado, ou até cortar custos, já que isso obrigaria a Maçã a redesenhar o chassi, impedindo que peças de outros modelos fossem reutilizados por aqui. É importante reforçar que as possíveis explicações são apenas especulações, e não devemos ter um posicionamento oficial da gigante — a Apple não costuma comentar esse tipo de decisão. Há ainda mais algumas decisões duvidosas encontradas pelo canal, como a conexão USB-C soldada à placa-mãe. Por estar exposta a ações mecânicas constantes, a porta é uma das áreas mais suscetíveis a problemas. Estando soldada, a conexão exige que toda a placa-mãe seja trocada, ou no mínimo que a substituta seja ressoldado, tornando a troca muito mais dificultosa e, consequentemente, cara. Dito isso, a equipe de especialistas elogia a mudança para o USB-C, ainda que a modificação possa ter sido uma preparação para a lei que obriga o uso do padrão na Europa e outras regiões — vale lembrar que o Brasil também estuda essa possibilidade. A remoção da bateria entrega resultados mistos: mesmo que haja as pull tabs, faixas de cola que podem ser puxadas para retirar o componente com facilidade, parte das células utiliza cola tradicional usada para fixá-la junto à placa-mãe. Isso torna obrigatório o uso de álcool isopropílico, complicando o processo. No geral, o iPad 10 oferece uma experiência mista de usabilidade e conserto. O tablet tem como pontos fortes o uso de USB-C e a câmera reposicionada para realização de videoconferências na horizontal, mas traz como pontos fracos a solda da conexão USB à placa-mãe, o uso de cola em parte da bateria e o suporte à Apple Pencil de primeira geração com uma implementação bizarra, apoiada por adaptadores. Além disso, o desmanche reforça as fortes semelhanças com o iPad Air de 2020, havendo alguns cortes nos componentes internos, como a própria ausência de recarga sem fio para a caneta stylus. O iPad 10 já está disponível mundialmente, inclusive no Brasil, onde é vendido por preços que partem oficialmente dos R$ 5.299. No entanto, já é possível encontrar o aparelho listado por menos de R$ 4 mil em algumas varejistas. Fonte: WCCFTech