O que aconteceu? A Mozilla encerrou o acordo com o Yahoo, anunciado em 2014. Ele tinha validade de cinco anos, mas a empresa conta ao TechCrunch que “exerceu o direito contratual de rescindir o acordo com o Yahoo baseando-se em uma série de fatores, incluindo fazer o melhor para a marca, o esforço para fornecer uma busca de qualidade e a experiência de conteúdo mais ampla para os usuários”.
O Google continuava como buscador padrão em diversos países, incluindo o Brasil, mas o Yahoo tomou o espaço em mercados como Estados Unidos, Canadá, Hong Kong e Taiwan. Esses quatro voltam a ter o motor de busca de Mountain View no posto principal. Além disso, o Firefox continua com mais de 60 buscadores pré-instalados como principal ou secundário em 90 idiomas. A notícia é importante porque os acordos com buscadores sempre foram a maior fonte de receita do Firefox (na verdade, da Mozilla Corporation como um todo): em 2014, a empresa faturou US$ 330 milhões no total, sendo que US$ 323 milhões vieram dos cofres do Google (!). Sem contar que o fim do acordo respinga na Verizon, que comprou o Yahoo em 2016. Uma cláusula no contrato assinado em 2014 (ainda não se falava em venda naquela época) permitia que a Mozilla pulasse fora e ainda continuasse ganhando US$ 375 milhões por ano até 2019 se não concordasse com um possível comprador futuro do Yahoo. Ops.